Bombeiros de Salvador do Sul se unem à força-tarefa do Estado e atuam na zona de desastre no RS

 

50 bombeiros voluntários de Salvador do Sul, Carlos Barbosa e Vale Real se uniram aos quase 140 de 21 Municípios gaúchos e se deslocaram para o Vale do Taquari, para apoiar a Defesa Civil Estadual na região. Conforme Marco Mendonça, desde quarta-feira atuam em Roca Sales e Muçum equipes de corporações voluntárias dos Vales do Caí, Paranhana e Serra, além do Vales do Rio Pardo, Taquari e Alto Taquari, Centro-Serra, Zona Sul do Estado e da região do Planalto.

‘Fomos na quinta, em 13 bombeiros daqui e nos juntamos a mais uns 140 vindos de outras corporações voluntárias, filiadas a Voluntersul, que foram divididos em suas frentes. Nós juntamente com os voluntários de Carlos Barbosa e Vale Real, trabalhamos em Roca Sales, onde a primeira prioridade era o hospital e postos de saúde, bem como uma escola’, explicou Marco, de Salvador do Sul. Conforme ele, ainda estão definindo nova data para atuar nos municípios.

 ‘Temos pessoal de corporações de 12 Municípios atuando nas duas cidades mais atingidas pela catástrofe. Algumas das corporações já tinha pessoal no Vale do Taquari no dia seguinte do desastre e outras enviaram parte de seu pessoal logo após terminar o atendimento às enxurradas e cheias em suas cidades’, destaca Anderson da Rosa, presidente da Associação do Bombeiros Voluntários do Rio Grande do Sul.

Para Marco Mendonça, de Salvador do Sul, chegar nas cidades atingidas foi um choque. ‘A minha sensação de início foi de impotência, sem saber onde e como começar. Ver a tristeza e a desolação nos olhos dos moradores é uma coisa que não tem como explicar, e também ver eles agradecendo a nossa ajuda, vejo que ainda há uma esperança no coração deles’, afirmou.

A estrutura dos bombeiros voluntários no Vale do Taquari inclui equipes fazendo a limpeza de prédios públicos e salões onde estão sendo colocados donativos vindos de todo o Estado. É nessa cidade que a Voluntersul colocou o posto de comendo dos voluntários (em um micro-ônibus da unidade voluntária de Riozinho).

 

 

ESTRUTURA

‘Estamos atuando dentro da estrutura do Estado, mas contamos com apoio também de outros grupos que vieram junto com os bombeiros voluntários, explica Anderson da Rosa. ‘Como o pessoal do rafting de três Coroas, que junto com bombeiros voluntários mergulhadores estão fazendo uma varredura no rio e afluentes (tendo encontrado um corpo agora pela manhã). Sem falar em equipes de jipeiros e bombeiros voluntários especializados em busca e resgate em estruturas colapsadas (BREC), que estão atuando em varreduras nas cidades’, completa o presidente da Voluntersul. As equipes localizaram dois corpos entre ontem e hoje na zona de desastre.

A força-tarefa dos voluntários conta também com caminhões auto bomba tanque (ABTs) com água potável e capacidade de ajudar a desobstruir pontos tomados pela lama. Além de contarem com quatro ambulâncias e equipamentos de resgate.

As corporações de bombeiros voluntários são unidades mantidas pelas suas próprias comunidades, segundo modelo que é dominante na Europa, estados Unidos e América Latina. As unidades contam com pessoal que presta serviço voluntário, mas recebem todo o treinamento para atuação em operações de resgate e combate a incêndios. No Brasil, o modelo está presente desde 1892 (tem 131 anos) e, no Rio Grande do Sul, atua desde 1977.