Única mulher na disputa pelo Piratini, Rejane de Oliveira defende reforma agrária e expropriação de empresas
30/09/2022 às 11:51 - Salvador do Sul
Natural de Porto Alegre, 61 anos, Rejane de Oliveira (PSTU) é professora aposentada e foi presidente do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS) por dois mandatos, entre 2008 e 2014. À frente do sindicato, dirigiu greves em defesa do piso nacional e pelos direitos dos filiada ao PT na época. O PSTU enfatiza que o destaque da atual campanha é a composição da chapa com duas mulheres negras, citando a vice, Vera de Oliveira.
O plano de governo defende a reforma agrária, a diminuição da jornada de trabalho sem reduzir os salários e a expropriação de ‘10 empresas gaúchas que mais exploram e de maior patrimônio’. A partir dessa expropriação, quer financiar um plano de obras públicas. Outra proposta é romper com o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), adotado pelo governo de Eduardo Leite (PSDB), e suspender imediatamente o pagamento da dívida do Estado com a União.
No âmbito da saúde, prevê a revogação da EC 95/2016 (a emenda do teto de gastos), que congelou os investimentos no setor, mesmo sendo uma questão fora da alçada do governo estadual. Quanto ao setor agrário, a candidata defende que não haja nenhum benefício fiscal ou tributário para o agronegócio e que sejam perdoadas as dívidas bancárias dos pequenos produtores.
É a favor da descriminalização das drogas e propõe sua inclusão como questão de saúde pública. Para a educação, quer o retorno do plano de carreira e de todos os direitos retirados pelo governo Leite, além do fortalecimento da UERGS.