Festa da democracia

09/10/2024 às 13h56

Cathierine Hoffmann - Jornalista

Cathierine Hoffmann - Jornalista

Jornalista, formada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Comunicadora multimídia, assessora de imprensa e editora reponsável do Expressão Regional

Festa da democracia
Festa da democracia

 

Eleições concluídas, o Brasil votou e terá seus representantes em 2025. Estar em uma democracia é uma das grandes alegrias do nosso país. E por isso, precisamos continuar vigilantes. As tentativas, sobretudo do conservadorismo, de derrubar o processo democrático, são constantes, mesmo que não nos demos conta na maioria das vezes. Mas dar de ombros para o processo político costuma ser um dos maiores erros do brasileiro no geral. Se pegarmos o exemplo do Marçal, em São Paulo, a postura e a falta de entendimento do processo político atraem muita gente, como se isso fosse uma vantagem. Mas a política é o que rege o mundo, seja no órgão público na vida pessoal. Tudo é política. Mesmo que jamais você tenha feito política partidária, na verdade, você faz política o tempo todo, quando escreve, quando debate e quando assume convicções frente aos conflitos. Na realidade, o jeito da pessoa se posicionar, até mesmo na forma de se vestir, pode demonstrar um ponto de vista político, um protesto ou um sinal.

Penso que só avançamos quando conseguimos ter um debate político de alto nível. O Brasil corre risco de ter a democracia derrotada pelo nazifascismo com um discurso pensado e trabalhado de que era necessário afastar a política do poder. Uma manipulação rasteira, exatamente de uma grande massa que pensa que a política é um mal. Por isso, desconfie quando um candidato se diz anti-política, está sendo totalmente malicioso e flerta com as ditaduras.

Os candidatos precisam sobretudo versar com os interesses da população, relacionados aos serviços públicos de qualidade, como na saúde, educação, segurança, mobilidade, resiliência climática, entre outros. Se dizer a par da política é golpe. Outra questão que merece atenção é a arregimentação dos influenciadores digitais para desiquilibrar os candidatos. Na política o mal não pode desestabilizar e desmoralizar as instituições. Há de se respeitar os cargos e o que eles fazem pela sociedade.