Israel e Palestina

16/10/2023 às 12h00

Cathierine Hoffmann - Jornalista

Cathierine Hoffmann - Jornalista

Jornalista, formada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Comunicadora multimídia, assessora de imprensa e editora reponsável do Expressão Regional

Israel e Palestina
Israel e Palestina


Existe uma lei da física que é princípio da exclusão. Dois corpos não ocupam o mesmo espaço. Imagina dois corpos diferentes. As tensões entre Israel e Palestina são antigas. Qualquer pessoa hoje jamais viu os dois povos coexistiram em harmonia. As coisas são complicadas por lá desde 1892. Mas foi com intervenção de ingleses que tudo veio piorar no início do século XX. A promessa de que a Palestina pertenceria a Israel foi base de guerras em todos esses anos e continua tenso, como podemos ver com as notícias atuais. A diferença mais do que clara é que, apesar de Israel ser um país soberano e a Palestina não ser reconhecida por muita gente, é complicado ficar do lado dos judeus nessa guerra por território.
Nos últimos dias estamos assistindo incessantemente uma propaganda gigantesca de desmoralização dos palestinos. Israel, que tem o apoio dos Estados Unidos, tem usado seu poderio militar fortíssimo contra os terroristas do Hamas, após os ataques do último final de semana. Mas, se é para fazer uma metáfora desse ataque, poderíamos dizer que o Hamas luta com paus e pedras contra toda a força militar de Israel.
O que precisa acontecer para uma paz duradoura entre Israel e Palestina?
Por um lado, os israelenses precisariam apoiar um Estado soberano para os palestinos que incluísse o Hamas, acabando com o bloqueio em Gaza e as restrições de movimento na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
Por outro, os grupos palestinos deveriam renunciar à violência e reconhecer o Estado de Israel.
Outro ponto de acordo razoável precisaria envolver as fronteiras, as colônias israelenses e a volta de refugiados palestinos.
Porém, desde 1948 (o ano da criação do Estado de Israel,) muitas coisas mudaram, principalmente a configuração dos territórios disputados após as guerras entre árabes e israelenses.
Para Israel, estes são fatos consumados. O palestinos não concordam e insistem que as fronteiras devem ser as que existiam antes da guerra de 1967. Além disso, enquanto no campo de batalha as coisas ficam cada vez mais incontroláveis %u200B%u200Bna Faixa de Gaza, há uma espécie de guerra silenciosa na Cisjordânia com a construção contínua de colônias israelenses, o que reduz o território palestino nas áreas autônomas.
Mas talvez a questão mais complicada devido ao simbolismo seja Jerusalém, a capital de palestinos e israelenses. Tanto a Autoridade Nacional Palestina, que governa a Cisjordânia, como o grupo Hamas, em Gaza, reivindicam a parte oriental como a capital, apesar de Israel a ter ocupado em 1967. Um acordo definitivo nunca será possível sem resolver este ponto sensível.
Uma guerra que destrói a humanidade por causa de terra. É no mínimo desesperador que tão pouco evoluímos.